Nosso colega Alex Yared nos deixou no último dia 21, aos 68 anos, depois de um câncer no pulmão descoberto em outubro. Da turma de 1972 da ECA, entrou para fazer cinema mas não chegou a concluir o curso. Com a morte do pai, precisou assumir a empresa da família, fabricante de camisas, detentora de uma marca tradicional no mercado. Tudo ía bem até que, em meados da década de 90, com a abertura comercial durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, a pressão dos produtos chineses fez com que inúmeras empresas brasileiras, notadamente confecções, não conseguissem mais competir com seus produtos. Com a falência, optou por dar aulas de inglês e, mais tarde, tornou-se motorista de aplicativo, trabalho que exerceu até, praticamente, ser levado ao hospital, onde morreu. Viúvo, sem filhos e com irmãs ausentes, Alex contou com uma rede de solidariedade de amigos das turmas de cinema, jornalismo e relações públicas da ECA que cuidou de proporcionar conforto e companhia em seus últimos dias.
Esse texto é de autoria de Maria Luiza Araújo. Ao lado do marido Flavio Carrança, ela acompanhou e deu assistência ao Alex desde que descobriu a gravidade da sua situação. Ana Elisa Bueno, Maria Inês Villares, Cida Silveira, Vitória Facchina, Carol Negreiros e Cynthia Kesselring Milani participaram da rede de solidariedade.
Alex, em tempos recentes, e no encontro de 2009, com Lucy Petrocic
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