Nossa colega Ana Maria Martins Campos de Oliveira enviou não apenas um depoimento sobre seus anos de ECA, no curso de Relações Públicas, mas também belas imagens de sua atividade posterior: escultora. Aqui, ela conta um pouco dessa história:
“Nos meus verdes anos, me considerava muito tímida, e foi esse motivo que me levou a escolher Comunicações como faculdade. Após concluir o curso de Relações Públicas, começamos, Carô (Carol Negreiros) e eu, numa assessoria de
Comunicações desativada; seu proprietário, Nelson Speers, um grande especialista em Cerimônia, estava trabalhando na Reitoria da USP.
“Lá fazíamos de tudo: contato com possíveis clientes, elaborávamos os projetos e os contratos, e executávamos. Ganhamos do diretor paulista do ICE (Instituto del Commercio Estero, da Itália) o apelido de “carabiniere”, pois estávamos sempre em dupla – uma lê e outra escreve...
“Vera Lúcia Bittar, que já trabalhava na Kodak, me convidou para colaborar na empresa. Lá, fui tradutora durante cinco anos muito especiais.
“Finalizando minha licença-maternidade, fui surpreendida com meu desligamento. Tive meu segundo filho e aí o retorno à carreira ficou mais complicado. Segui sendo tradutora autônoma por mais um tempo, e um belo dia, através de um anúncio na Rádio Eldorado, soube da escultora Simone Greco. Sincronicidades, ganhei de minha irmã, cujo namorado era escultor em argila e pedra sabão, pedras e goivas (um tipo de ferramenta usada para esculpir em pedras).
“Meu primeiro trabalho foram mãe e filho elefantes. Apresentei esse trabalho para a Simone e iniciei minhas aulas com ela. Durante o tempo em que frequentei seu atelier, fizemos várias exposições, algumas delas organizadas por mim, e outras em pequenas galerias, na Casa da Fazenda e em restaurantes, e andei ganhando alguns prêmios que me estimularam bastante.
“Vida que segue, criamos uma empresa familiar de engenharia ambiental, voltada para Aterros Sanitários. Por ser muito detalhista, fiquei dedicada à área financeira, por muitos anos. Não tive mais tempo para a escultura, o que me deixa bastante entristecida. “Atualmente, não sei se tenho mais pulso para esculpir a pedra... De qualquer forma, foram anos de muita criação, realização e felicidade!”
Vejam abaixo algumas peças que Ana Campos criou:
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