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ecaturma72

Arte ou Psicologia? Na dúvida, Calderoni ficou com as duas

Um dos colegas mais queridos da turma lembra as

dificuldades de fazer os dois cursos ao mesmo tempo

“1974. Quase bati a cabeça na guia. O ônibus arrancou. O

motorista não podia esperar uma pessoa com deficiência

subir no ônibus. Tinha pressa. Circular da USP. Não havia

lei, nem proteção explícita ao deficiente, nem paciência e

observação ao motorista.

“Eu, sequelado de pólio desde os 5,5 anos, tive que

começar a repensar depois do episódio se deveria e

poderia continuar a fazer Psicologia na PUC e ECA-USP

simultaneamente. Pais remediados. Podiam pagar um táxi

pra ir e voltar. Teria que escolher. Arriscava ir à USP de

ônibus. Penso que a queda me jogou na realidade do

impossível desejo.

“Fui foca provisório por 3 meses no Estadão, substituindo

jornalistas que seguiram pra Portugal cobrir a Revolução

dos Cravos. Muita vontade de tudo e limitações de toda

ordem.

“Por outro lado, misteriosamente, meu filho Vinicius

Calderoni foi pras Artes, dramaturgo multipremiado e

atualmente dirigindo, compondo e escrevendo o musical "O

Museu Nacional (todas as vozes do fogo)", que estreia

agora em 14 de outubro no SESC Vila Mariana.

“Compensação dos Céus. Assim, embora só tenha

concluído a PSICO-PUC, e sendo psicoterapeuta desde

1976, me sinto sempre dentro da arte, por Vinicius, e

porque ser psicoterapeuta exige a arte da escuta, da

empatia e da palavra adequada. Não pode ser atividade

tecnocrática.

“Escrevi um livro de psicologia e mais recentemente de

poesia: Entre Duas Eternidades, que foi escolhido para

inaugurar o selo Escuta Poesia, da Editora Escuta.

Saudades mil da ECA, do pingue-pongue, do xadrez e do carinho dos colegas ...

Vinícius e José Calderoni, o pai mais do que coruja, durante nosso segundo encontro

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