Foto e arranjo de Suely Farah
Somos fiéis
aos amores impossíveis
às vozes de ontem
à mão do companheiro
e ao olhar da amiga
…
Os amados cinco ou seis leitores que me perdoem…
Recorro hoje à inspiração do brevíssimo poema Fidelidade para tocar nosso humilde blog.
De autoria do publicitário Mauro Salles (um poeta bissexto, mas incrível), embalo nesses versos o tom da nossa conversa.
Explico o motivo e a razão.
Passei o final de semana um tanto alheio às sombras, sobras e ameaça que ora vivemos, mareado em fina e saborosa nostalgia – e explico o motivo.
O mais do que especial motivo.
Na tarde de sábado, reencontrei os amigos/colegas calouros da turma de 1972 da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo.
Daí me veio, inebriante, a mais singela das razões:
Fui tomado de emoção tão magnânima, tão única…
Que, mesmo a este persistente e destrambelhado cronista, faltam hoje palavras para descrever o reencontro e a cerimônia que ainda contou com a presença dos professores homenageados Cremilda Medina e Izidoro Blikstein.
Foi bonita a festa, pá!
…
É uma celebração! – ouço alguém dizer, logo à chegada, em meio à profusão de cumprimentos e abraços.
Concordo e, de imediato, lembro outro poeta – e este, ainda mais luminar – Vinícius de Moraes que descreve a vida como a arte do encontro embora etc etc etc.
Pois, então, meus caros.
Lá estávamos – 50 anos depois –, ruidosos e felizes, a festejar o passo e o caminho. A jornada de cada um – e de todos.
Lá estávamos – 50 anos depois – resistentes e esperançosos a saudar os novos tempos que ainda são de luta, pois parece ser esta a nossa sina.
Lá estávamos a reverenciar os que se foram num preito de saudades.
Lá estávamos na reunião que intitulamos de Jubileca 50…
A renovar o compromisso, desde sempre latente aos ecanos, da construção de um Brasil justo, solidário, fraterno. Contemporâneo.
Um Brasil verdadeiramente de todos os brasileiros.
…
*Um grandíssimo agradecimento à incansável comissão organizadora do evento: Gera, Cida, Clóvis, Malu, Orlando, Alice e Zamith. Vocês foram maravilhosos.
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Rodolfo Carlos Martino
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