Jorge Claudio Ribeiro, hoje jornalista, editor e professor, narra seu encontro com um dos maiores brasileiros da história.
Só agora divulgo um caso ocorrido comigo em outubro de 1986. Eu caminhava até a PUC-SP, onde lecionava, quando me deparei com um colega que entrevistara para o jornal Porandubas, daquela Universidade. Abatido, seu rosto espelhava enorme tristeza, pele acinzentada, andava devagar, ofegante. Para aliviar, chupava bala de hortelã. A meia distância, seu motorista o acompanhava. “Olá, Paulo, o que houve?”, perguntei. Sussurrou: “Ah, Jorge… meu amor morreu em meus braços”. Referia-se a Elza, com quem fora casado por 42 anos, tendo gerado cinco filhos. Nos abraçamos.
Esse senhor era Paulo Freire, o Pelé da pedagogia mundial, patrono da Educação Brasileira. Ele mesmo, a quem o Inominável insulta sempre que pode, juntamente com sua família e seus milicianos. Esse Paulo Freire que em 1964 foi preso durante 70 dias, acusado como traidor por ter inventado um método inovador de conscientização e de alfabetização que ensina o povo a ler o mundo juntamente com a leitura das palavras.
Neste link, o colega e hoje professor Jorge Claudio narra em áudio esse encontro e nos fornece uma série de informações históricas que ilustram a importância de Paulo Freire para a Educação mundial.
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