A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida
(Samba da Bênção, de Vinícius de Moraes e Baden Powell)
Bem-vindos
Que bom poder dizer da alegria que é rever tantos amigos, novamente, ao mesmo tempo. Amigos forjados em circunstâncias tão especiais de nossas vidas, em que decidíamos nossos destinos. A mesma alegria redescoberta no ano passado vai estar sendo revivida neste novo encontro, e vai nos redimir um pouco de ter deixado passar tanto tempo até nos resgatarmos. Tantos amigos que voltaram a se acostumar com a convivência de colegas tão próximos e tão afetivos, e que não querem mais perder esse vínculo tão valioso. Quem esteve no inesquecível evento do ano passado vai estranhar. Não estão programadas homenagens. Não convidamos nenhum professor, desta vez, ainda que tivéssemos aventado a possibilidade. Tampouco vamos ter a oportunidade de experimentar um jogral tão afinado como o formado pelas vozes de Anna Nery, Bira, Fábio Malavoglia e Zamith. Neste último ano, não tivemos como caprichar tanto na produção. Mas temos certeza de que o mesmo entusiasmo ainda está nos levando a tornar mais fortes nossos elos, carinho e amizade.
O balanço das reuniões
Depois de tanto tempo de ausência, nosso histórico reencontro de 2009 estabeleceu novo padrão para eventos do gênero. Conseguimos resgatar 100 dos 200 calouros que no longínquo 1972 ingressaram na ECA da USP, uma proeza poucas vezes igualada com essa magnitude. Mas o mais gratificante com certeza é saber que do grande tronco de amizades em comum que foi visto naquele junho de 2009 frutificaram várias ramificações setoriais, muitas reunidas por carreiras e trajetórias similares, mas todas tendo em comum a alegria da amizade revivida. A chama da época, da nossa rebeldia, da nossa vivência comum, dos nossos sentimentos mais desabridos, sempre vão fazer parte desse espírito.
À parte essas sensações nostálgicas e alegres, também constatamos que a vida não foi benfazeja com todos nossos contemporâneos, como gostaríamos. Nem vamos mencionar os que se foram, muitos deles vão habitar para sempre nossas memórias. Mesmo que o poetinha Vinícius já usasse de sua sabedoria para dizer, na mesma canção, que “é melhor ser alegre que ser triste”, e que “a alegria é a melhor coisa que existe, assim como a luz no coração”, nem todos estão imbuídos desse caráter e dessa maneira de ver a vida.
É de lamentar os que simplesmente não entraram no clima, fato que a gente respeita. Alguns ignoraram o convite, não quiseram compartilhar do nosso banquete de amizades. Outros estão em momentos muito ingratos da existência, ou cultivam mágoas, enquanto alguns não dispõem de números de telefones, celulares ou meros e-mails.
O futuro dos nossos encontros – dê seu palpite
Bem, nos redescobrimos aos 37, estamos voltando a nos ver aos 38 anos de nosso primeiro encontro. Talvez, para não corrermos o risco da sensação de saturação ou monotonia, a comissão de organização está pensando em não realizar novo evento no próximo ano, reservando para 2012 um mega-encontro, para comemorar os redondos 40 anos.
Para essa ocasião, pensamos em programar um fim de semana em algum lugar agradável, para que pudéssemos interagir mais, brincar mais, e estivéssemos mais relaxados, sem a urgência de ter que, no período de uma refeição, bater papo e atualizar com tanta gente.
Queremos saber sua opinião: o que acha de um encontro mais amplo, num local com a estrutura de um hotel-fazenda, num fim de semana, para marcar os 40 anos?
Envie, por favor, um e-mail com sua opinião, se possível no próximo mês de agosto, para podermos atender a vontade da maioria dos colegas.
A vida é a arte do encontro; e do reencontro da ECA-72 todos nós fazemos parte. Nunca vamos nos dispersar novamente.
Enorme abraço da
Comissão de Organização- ECA-72 |
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