MARIETA DE CASTRO
Amigos da Comissão Organizadora
Obrigada por tudo!
Aos 55 anos, eu me achando tão vitoriosa e feliz, encontro, beijo, abraço e toco amigos dos quais o meu coração jamais se esqueceu. E, para embalar este final de noite – depois de revisar mais uma tese -, fui acometida pelo sentimentalismo (que, habitualmente, transporta-me à pieguice): cá estou eu escutando e cantando (quase em prantos) uma versão de “Too Young” gravada pela Simone em português. A gravação original era do Nat King Cole, se eu bem me lembro…
Mas isso não importa agora, porque eu estou mesmo indo às lágrimas – como sempre vou quando me espanto com a inocência da nossa geração tão “revolucionária”. Nós não éramos ingênuos. Nós éramos, literalmente, inocentes (e inocentes não-úteis) ou, muito mais do que isso, nós éramos sonhadores…
Os cabelos longos dos meninos, a postura firme das meninas, o companheirismo e a solidariedade que marcaram os anos 70 (do século passado) fizeram alguma diferença? Eu tenho certeza de que fizeram toda a diferença. Temos filhos, e esses nossos filhos são tão mais delicados e gentis, tão mais naturalmente amigos das pessoas, tão sem preconceitos, tão mais engajados na história, sem que tenhamos que exigir isso deles…
Enfim, bastou ver vocês mais uma vez, “para sentir que não passou”…
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