Não terminei o curso da ECA. Entrei pensando em fazer música, mas logo desisti, depois de ter ouvido o chefe do departamento dizer que música popular era coisa para vagabundo. Então tentei seguir jornalismo, mas a vida encontrou bucha braba e eu acabei saindo em busca de outros caminhos. Licenciei-me em Letras pela FFLCH (Português e Espanhol). Peguei o viés de Educação Popular e atuei em alfabetização de jovens e adultos, em creche para filhos de mães trabalhadoras e em programas de atenção à população em situação de rua. Atualmente, trabalho num projeto de memória oral da Biblioteca Mário de Andrade, depois de ter estado envolvida com mediação de leitura e contação de histórias na Biblioteca Monteiro Lobato. No entanto, como sempre acreditei que a sensibilidade é uma forma especial de conhecimento, paralelamente a tudo isto, também fui atriz num grupo de teatro amador, com peças infanto-juvenis, em apresentações nas unidades da FEBEM na capital e no interior do Estado, na década de 70. Na de 80, cantei e toquei com um grupo de choro, MPB e seresta, reabilitando o gênero, inclusive em Sergipe. Ainda afinando os instrumentos, estudei astronomia e astrologia, para ver se consigo meter balizas neste mar imenso de sentires. Também arrisco alguma poesia, faço traduções, mas tenho a música como companheira inseparável. Não casei, mas amei muito, tanto que tenho um filho lindo de 22 anos que se chama Vinicius. Ele faz publicidade e, para minha alegria, também tem uma banda e toca guitarra.
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