Esse encontro nos força a fazer muitas reflexões sobre nossas vidas, os caminhos, descaminhos, alegrias, desencontros e o imponderável destino de cada um. Parece que foi ontem. Os amigos, os professores, o aprendizado, o dia a dia da escola dividido entre as aulas, a biblioteca, a cantina e a sala de bilhar. Mais de 30 anos depois fica a certeza de que a experiência é um pente que a vida nos dá quando já somos carecas. Concluído o curso, um ano e meio depois de trabalhar em São Paulo (Agência Folhas), parti a convite de um amigo para Santa Catarina (Joinville), onde vivo até hoje. Tem sido muito bom. Conquistei algum prestígio como jornalista ao chegar a maior cidade catarinense (hoje com 500 mil habitantes) como correspondente da Folha vindo de São Paulo. Desde o final dos anos 80 até 2003 fui redator de O Estado (Floripa), Diário Catarinense, editor de cidade, política e esporte em A Notícia (sede em Joinville) e assessor, diretor e secretário de Comunicação da Prefeitura, onde atuo até hoje como jornalista efetivo. Curioso é a reverência que as pessoas têm por mim pelo respeito angariado nesses anos e também pelo fato de ter vindo de São Paulo e feito o curso de jornalismo da ECA-USP. Há 30 anos eu era bicho raro por aqui. Hoje, há uma grande qualificação dos jornalistas, muitos oriundos da UFSC e do Rio Grande do Sul. Jornalista diplomado era coisa rara. Por aqui também casei, tenho três filhos, juntei uns trocados para comprar uma casa e essas coisas que a gente põe lá dentro, entre elas três labradores, três vira-latas, três gatas e um papagaio. Ah! Tem também uma casinha na praia em São Francisco do Sul, aqui pertinho no litoral norte de SC. Quem quiser emprestada é só falar. Até mais. Wagner Baggio, 60 anos no próximo dia 20 de julho.
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