Todos perdemos o 5º semestre com a greve para derrubar o Nunes, diretor, lembram-se? Tempos negros da ditadura. Mas acho que ninguém deu a mínima pra isso. Nessa época, ainda estudante, eu já acumulava uma razoável experiência em redações. Passei pela Folha, primeiro como revisor e depois redator, pelo DCI, pelo Jornal da Orla (semanário de Santos) e pela notável e provinciana Gazeta de Pinheiros, que enriqueceu bastante a minha experiência e me levou a participar, como convidado, da pretendida reestruturação do Diário Popular, que acabara de comprar o prédio do Estadão. Mas não fiquei apenas em Jornalismo. Em São João da Boa Vista administrei um supermercado da família e fundei um jornal semanário que sobrevive até hoje, com outros donos. Em São José do Rio Pardo, editei um jornal, fundei outro e dirigi duas rádios. Em Poços de Caldas, fundei uma FM e depois de alguns anos dirigi outras duas emissoras. Em Salvador, gerenciei uma concessionária de caminhões Volvo, fundei um jornal de bairro, criei e editei um jornal quinzenal para o complexo hoteleiro de Costa do Sauípe, criei alguns guias de bairro e editei algumas revistas. Há cinco anos estou de novo em Rio Pardo, como diretor de duas emissoras de rádio. Eu até ensaiei voltar para São Paulo e trabalhar de novo numa redação mais arejada, de rádio, TV, revista ou até mesmo jornal impresso. Mas sabem como é… o tempo é implacável e a vida vai levando a gente como quer.
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